Projeto de lei prevê sarjetas permeáveis para melhorar drenagem de água da chuva
Projeto de lei prevê sarjetas permeáveis para melhorar drenagem de água da chuva
Ruas com maior incidência de alagamentos terão prioridade de implantação caso PL seja aprovado
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A sarjeta é o sistema de drenagem e escoamento de águas pluviais entre o asfalto e o meio-fio ou guia da calçada. Sua finalidade é captar a água da chuva e conduzi-la da superfície até uma boca de lobo, evitando alagamentos e acidentes causados por aquaplanagem. Porém chuvas intensas, cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global, têm testado a capacidade da infraestrutura urbana. As cidades, por sua vez, contam com mais concreto e asfalto e menos áreas de infiltração para mitigar inundações e danos causados pelas tempestades extremas.
Motivado por esse desafio atual, o PL 143/25, apresentado pelo vereador Sidney Campos (PSDB), autoriza a Prefeitura a implantar sarjetas permeáveis nas ruas de São José dos Campos com o objetivo de melhorar a drenagem urbana.
Segundo a proposta, as sarjetas permeáveis, compostas por camadas porosas, serão instaladas prioritariamente em locais de maior incidência de alagamentos e nas regiões com elevado índice de impermeabilização do solo, conforme estudo técnico realizado pela secretaria competente.
“Elas permitem que a água infiltre no solo de maneira controlada, reduzindo o volume de escoamento superficial e minimizando impactos ambientais negativos”, justifica o autor, lembrando da poluição dos cursos d'água. “Além de contribuir para a resiliência climática do município, o uso dessa tecnologia favorece a melhoria da qualidade da água ao filtrar impurezas antes de sua chegada às bocas de lobo e aos mananciais. Cabe ressaltar também que, apesar dos custos iniciais de implantação e execução dessa tecnologia, no longo prazo haverá uma economia devido a não necessidade dos serviços de manutenção das bocas de lobo, que atualmente demanda muito gasto”, complementa o parlamentar.
O projeto de lei passa pela análise das comissões de Justiça e Redação, Economia e Planejamento Urbano, com prazo para os relatores até 29 de abril.
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